quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Eu aprendi, de novo

Durante esses dias que sumi, eu quis sumir do mundo, pensei que alguém se importaria e me ligaria, mandaria uma mensagem falando que eu faço falta, ou qualquer outra coisa que mostrasse que eu seria algo na vida de alguém, porém, uma pessoa em especial veio atrás de mim – Ao todo três pessoas, uma é a especial, uma mandou uma mensagem, e a outra me ligou. Eu deveria me sentir especial? – A pessoa que veio atrás de mim era exatamente a pessoa que eu queria que viesse atrás de mim, é a pessoa que eu mais amo nesse mundo, foi com essa pessoa que eu aprendi a amar e tentar ser melhor a cada dia que se passa. (Mas isso será outro texto)

Durante esses dias que eu fiquei ausente eu fiz várias coisas. Eu acordei cedo, sem despertador, sai de casa e vi rostos feiosos, vi pessoas que eu nunca mais vou ver, e vou ver outras por causa do destino. Isso tudo eu fiz sem um pingo de maquiagem. Fui de cara limpa, fui com a cara e a coragem, sozinha. Eu caminhei por alguns minutos, olhei vitrines, vi ruas desertas, conversei com um cara que eu acho que nunca verei de novo, mas eu não me importo com isso, e nem sei se eu deveria. Eu dei um presente. Tentei consolar uma pessoa. Ah! Eu chorei, chorei muito, eu chorei tanto que eu mal conseguia respirar, eu gritava com o travesseiro na cara, eu soluçava, eu lembrava, eu pensava, eu sonhava, eu chorava, chorava tanto que após um tempo o que eu via em frente ao espelho era um rosto mais vermelho do que sangue. Esse foi o momento em que eu precisei de alguém para abraçar, mas o que me restavam eram minhas pernas. Eu sai de carro. Conheci um lugar novo. Eu li, aliás o que eu mais fiz esses dias foi ler, eu devorei um livro inteiro, eu me deliciei em cada página, era uma obsessão, eu mal conseguia soltá-lo, ficava em fúria quando me interrompiam. Nesses dias em que eu estive por aqui, eu descobri que finais felizes foram feitos para filmes de romance, ou o nosso final feliz não seja tão feliz assim. Aprendi que amar é um sentimento para os fortes, eu sou forte e me tornei mais ainda nesses dias. Amar é querer o melhor para alguém, é amar esse alguém com todas suas forças, mesmo se esse alguém te machucar, decepcionar, e até se esse alguém não quiser mais você. Amar é ter ciúmes só em pensar a sua pessoa com outro alguém, é ser possessiva, insegura, grossa, ignorante e até fria. Amar é tudo, e é por isso que o amor nos faz cometer loucuras, nos faz perder a cabeça, o amor é doido, mas tudo que fazemos é por amor, porque ele é tudo, por isso tudo pode acontecer. Esses dias eu pensei muito. Não comi nada, mas vomitei. Peguei febre e levantei. Esses dias eu vi um jogo de futebol. Passei meu aniversário o mais só possível, eu esperei. Esses dias eu mudei de ideia, me contradiz, fiquei na minha. Esses dias eu assisti filmes de romance e suspense. Eu tentei sorrir. Esses dias eu evitei, eu quis ligar, quis aparecer e quis me realizar. Eu caminhei sozinha pela cidade com um livro em um braço, e uma cerveja na mão. Eu vi pessoas se arriscando, ouvi músicas no som alheio, pensei no meu carro. Eu lembrei de coisas ruins e quis esquecer imediatamente. Eu olhei pro céu e gravei cada cor, eu sorri para pessoas com simpatia, mesmo com o peito cheio de dor. Eu fui paquerada, eu vi meu ego no topo, eu senti meu coração na garganta. Nesses dias em que me vi sozinha, eu quis ser uma pessoa melhor, quis recomeçar, quis morrer, quis voltar. Esses dias eu aprendi o valor do amor e o quanto eu quero - Nem que seja por um mísero segundo, nem que eu passe o resto da minha vida sofrendo – ver a pessoa que eu amo de verdade. Eu aprendi, nesses dias afastada, o valor das pessoas que tenho ao meu lado, aprendi a respeitar e amar a mesma pessoa durante minha vida toda. Eu aprendi a ter fé, de novo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu te amo tanto t.t

@_PleasureCarol disse...

Lindo meu amor. *-* Nunca é tarde pra querer ser o melhor que você pode ser. Isso chama-se amor-próprio! <3